domingo, 22 de janeiro de 2012


Dificuldades ou oportunidades de crescimento?

“... Não se vos turbe o coração, nem se atemorize.”-Jesus
(João, 14:27)

Enquanto caminharmos por esta Terra bendita, com os olhos vendados ás verdades divinas, ou sem a consciência necessária de que estamos neste mundo, mas que verdadeiramente não somos dele, buscando apenas gozar das coisas as quais julgamos equivocadamente serem indispensáveis para o nosso “bem viver”, desvalorizando aquilo que é realmente essencial para nós, vivendo assim, estaremos trilhando por um caminho onde teremos grandes obstáculos para vislumbrar as divinas oportunidades de ajustes com as Leis da Natureza, onde as “dificuldades”, que em sua grande maioria são as formas pelas quais nós mesmos, antes de entrarmos na viagem á carne, escolhemos para tentarmos nos harmonizar com os nossos compromissos acerca das responsabilidades espirituais que adquirimos.
 Quando aceitamos, ainda na erraticidade, os laços com a matéria e mergulhamos no refugio do corpo físico, buscamos essencialmente aquilo que fora aclamado por nós mesmos , quando desejosos de voltar ás provas, para que pudéssemos mergulhar no grande mar dos ajustes, iniciando aqueles que seriam para nós, nada mais do que grandes momentos de reparos e oportunidade de testemunharmos o quanto Deus é Bom, Justo e Misericordioso com seus filhos.
Queríamos mais uma chance, mais uma viagem á grande aventura á Mãe Terra, aonde viemos a nos encontrar novamente com as nossas “dificuldades” que irão nos proporcionar processos de lapidação espiritual, nos tornando almas com maiores capacidades de auxílio aos companheiros que certamente, e apesar de nossas aflições, estão em nosso convívio na lida do dia a dia, irmãos ainda mais “necessitados”, esperando que estendamos nossas mãos a eles para lhes oferecer, nem que seja um pouquinho de nós, e quando o fazemos de coração e alma, irresistivelmente essa oferta se multiplica, pelo pouco que ela seja, ela se estende,se expande e então nesse instante de plena doação de nós mesmos, sentiremos as benesses das Leis de Deus, como se elas nos estivessem trazendo um balsamo para as nossas dores e aflições, justificando assim as orientações dos Benfeitores da Luz, quando eles nos dizem que através do nosso socorro ao próximo, nós mesmos somos socorridos.
Buscando na reflexão justa de que Deus criou a lei da Reencarnação para que possamos através dela, realmente aprender a nos amar, como seres imortais e almas irmãs, constatamos que essa dádiva Divina nos foi dada para que mesmo diante dos desafios que encontramos em nossas existências,quando partindo para o trabalho no bem,na luta incansável pelos acertos com as valiosas Leis da Natureza, estaremos trazendo para nós mais luz, mais serenidade, mais harmonia com tudo que é Divino,assim como o carvão que necessita de ser bem trabalhado para que um dia em possa mostrar seu brilho e adquirir realmente o devido valor que lhe será reconhecido.

“Jesus nunca prometeu aos discípulos qualquer isenção de dificuldades, mas com freqüência reclamava-lhe o coração para a confiança”
(Palavras de Vida Eterna-Emmanuel-Francisco Cândido Xavier)

Jesus nos enviou o seu Consolador prometido, que vem nos trazendo todos os esclarecimentos de que tanto necessitamos para tornarmos nossa passagem pela nossa Escola Mãe Terra, uma passagem mais tranqüila, com mais harmonia, nos possibilitando assim conquistarmos uma posição melhor da que tínhamos quando partimos de “casa”, mas basta que busquemos sinceramente por tudo que nos ajudará nessa empreitada Divina, os momentos no corpo físico são um presente de Deus, para que possamos aos poucos, nos transformar em seres melhores e dignos de alçarmos vôos mais altos juntos as grandes oportunidades espirituais que Ele preparou para cada um de nós, e que  tanto deseja que almejemos. Para isso, devemos lutar, nos sacrificar, para unirmos forças em nós mesmos, e nos momentos das angustias e das faltas materiais, as quais parecem nos sucumbir, que estejamos prontos e fortalecidos, para passarmos por estes momentos, certos de que são passageiros e que uma nova e bela paisagem nos aguarda, não agora, mas se conseguirmos superar o nosso imediatismo, conseguiremos avistar este horizonte, que existe, indistintamente para cada um de nós, filhos de Deus, o Criador de todas as coisas.

“Aceita os desafios da senda, como quem se reconhece chamado a batalhar pela vitória do bem, com a obrigação permanente de extinguir o mal em nós mesmos”

Todavia é necessário que reflitamos ainda mais, que não atingiríamos nunca o caminho do crescimento sem as dificuldades, sejam elas quais forem, material, sentimental ou até mesmo espiritual, com elas, ou através delas, é que passamos a criar as possibilidades da busca pela religiosidade, com elas, adquirimos coragem de clamarmos pela ajuda do Universo, através das “dificuldades”, conseguiremos deixar pelo chão da estrada, a manta pesada e cruel do orgulho que nos cobre, e assim temos grandes chances de nos tronarmos almas mais humildes e solicitaremos o socorro Daqueles que estão sempre ao nosso lado, prontos para nos orientar, só esperando que nós criemos condições para que Eles possam colocar suas mãos excelsas em nossas cabeças, nos possibilitando encarar nossos desafios de forma diferente, com mais equilíbrio ou quem sabe, com mais ou melhores condições para passarmos pelos momentos de aflição e angustias mais bem preparados e certos de que um verdadeiro irmão, esta ao nosso lado, desejando segurar nossas mãos; assim os abismos, que conquistamos para nós, não serão tão profundos, as dores, não serão tão fortes, mas se tornarão mais toleráveis e que por mais que estejamos caídos, sempre haverá alguém pronto para nos ajudar a emergirmos do posso profundo e escuro das tristezas, das frustrações materiais , das coisas efêmeras,nos auxiliando a alcançarmos á luz e o equilíbrio necessários para a nossa vitória no rumo do aprimoramento espiritual.

...Eles a vêem na miséria, no fogão sem lume, no credor ameaçador, no berço vazio do anjo que sorria nas lágrimas... Sim é a infelicidade para aqueles que não vêem senão o presente, mas a verdadeira infelicidade está nas conseqüências de uma coisa, mais do que na própria coisa...”
(Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, item 21



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